CONCLUSÃO

abril 24, 2008

Acessem esse link e verão um vídeo que conclui todo esse projeto.

Espero que tenham gostado!

http://www.camara.gov.br/internet/eventos/onu/onu60.swf (com som)

 

Grupo que realizou este projeto: 9º C

Bianca nº 6

Camilla nº 10

Caroline Kaori nº 11

Gabriel Zacharias nº 16

Thiago nº 25

WORLD TRADE CENTER

abril 24, 2008

http://www.youtube.com/watch?v=IWo8EuJYf-s&feature=related

Será que pode haver mais um desastre assim? Ou será que a ONU vai funcionar novamente….

Com trinta anos de atraso

Finalmente a ONU decide encarar o terrorismo pelo que ele é: um crime contra a humanidade

A incapacidade da ONU de lidar com uma das maiores ameaças deste início do século, o terrorismo, é o que melhor simboliza a crise vivida pela organização. Até hoje, os países que compõem a ONU nem sequer conseguiram chegar a um consenso sobre o que deve ser definido como terrorismo, o que complica qualquer tentativa conjunta de combatê-lo. Agora, o secretário-geral Kofi Annan resolveu colocar ordem na casa. Na semana passada, ele apresentou o mais amplo projeto para reformar a ONU desde sua criação, em 1945. A proposta, que deve ser votada na Assembléia-Geral da ONU em setembro, inclui a sugestão de ampliar o Conselho de Segurança e criar mecanismos para corrigir distorções históricas, como a presença de regimes tirânicos na Comissão de Direitos Humanos da organização. Isso deverá ser apenas o preâmbulo para a assinatura de um tratado internacional de combate ao terrorismo.

Secretário-geral da ONUA proposta abre um novo capítulo no entendimento da sombria ameaça representada pelo terrorismo ao mundo civilizado. Por ter sido tratado por muito tempo como um subproduto da Guerra Fria, o terrorismo nunca foi enfrentado pela comunidade internacional com a força que sua perversidade exige. Nas últimas décadas, prevaleceu nas Nações Unidas a idéia – defendida com afinco pelos países árabes, mas não apenas por eles – de que muitos grupos tachados de terroristas eram na verdade combatentes legitimados por lutar pela libertação de seu povo do colonialismo. A ONU abriu o precedente para que movimentos políticos ao redor do mundo adotassem o terrorismo como tática quando aplaudiu o célebre discurso de Yasser Arafat, em 1974. Poucos meses antes de o líder palestino expor na Assembléia-Geral da ONU sua teoria sobre o direito dos oprimidos à violência, terroristas da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) haviam matado 21 crianças em uma escola em Israel. Pelo novo conceito de terrorismo proposto por Annan, esse tipo de atrocidade não seria tolerado. Estados também poderão ser classificados como terroristas quando promoverem a violência contra sua própria população civil ou a de outros países. Por esse critério, o Iraque nos tempos de Saddam Hussein, que massacrava suas minorias, poderia ser classificado como terrorista.

Nos últimos sessenta anos ocorreram mais de 600 conflitos armados no mundo. A ONU não só foi incapaz de evitá-los como na maioria das vezes não agiu a tempo de impedir tragédias humanitárias. E, mesmo quando agiu, a conduta de seus representantes nem sempre foi a ideal. Annan quer mais transparência na atuação dos funcionários da ONU e “tolerância zero” para os delitos cometidos por soldados das forças de paz.

http://veja.abril.com.br/300305/p_094.htm

 

 

 

EUA vs. Iraque

abril 24, 2008

A rota do Terrorismo

Sob a alegação da suposta existência de armas de destruição em massa, os EUA pressionaram a ONU à autorizar a invasão do território iraquiano como forma de encontrar e destruir as tais armas. A ONU não aprovou a intervenção militar, mas forçou o governo iraquiano a admitir a entrada de um grupo de inspetores da organização para vistoriar seu arsenal bélico.

Mesmo sem ter encontrado nenhum indício da existência dessas armas, os EUA, apoiados pelo Reino Unido e outros países, decidiram invadir o Iraque. Tal medida, entretanto, não foi autorizada pelo CS, já que a França, a Rússia e a China votaram contra.

Apesar disso, os EUA invadiram o Iraque, país que também é membro da ONU, violando o artigo 51 da Carta das Nações Unidas, que autoriza o uso da força armada somente em caso de autodefesa. A guerra chegou ao fim poucos meses depois com a deposição do governo iraquiano de Saddam Hussein, acusado de esconder um arsenal nuclear.

Mas, assim como os inspetores da ONU haviam concluído, nenhuma arma de destruição em massa (nuclear ou biológica) foi encontrada naquele país pelas tropas de ocupação. Tal fato, contribuiu para aumentar a suspeita de que a invasão do Iraque foi uma estratégia dos EUA para assumir o controle daquele país e, com isso, ampliar sua influência geopolítica sobre aquela região onde estão localizadas as maiores reservas de petróleo do planeta.

 

REFLEXÃO: Esse episódio afetou diretamente a imagem da ONU, abalando sua credibilidade como uma organização criada para manter a paz e que não consegue valer suas decisões contra uma guerra.

Alguns especialistas, no entanto, têm uma visão bastante positiva da ONU e acreditam que essa organização saiu fortalecida com o episódio da guerra. Isso porque, as tropas de ocupação já se mostraram incapazes de estabelecer a ordem no Iraque e de conter os ataques terroristas de grupos internos contrários à ocupação pela ONU.

Na comunidade internacional, incluindo os EUA e seus países aliados durante a guerra, há um consenso de que somente a ONU, com sua neutralidade e imparcialidade, será capaz de reestabelecer um processo de paz e garantir a reconstrução econômica e política do Iraque.

Em nossa opinião, essa guerra (referência ao ataque terrorista das Torres Gêmeas), especificamente, pegou mal para ONU pelo simples fato de ela ficar pasma com o que ocorria e não tentar aperfeiçoar suas tropas de ocupação.

 

FONTE:

Projeto Radix 8ª série

Autor: Vicentino

Editora Scipione – São Paulo

Módulo 8 – Os organismos supranacionais

Págs. 184 e 185

A questão tibetana

abril 24, 2008

 

O Tibete vem sendo palco de protestos contra os mais de 50 anos de domínio chinês. O governo da região autônoma, apoiado por Pequim, afirma que 16 pessoas morreram nos confrontos do fim de semana, mas autoridades do governo tibetano no exílio dizem que pelo menos 80 perderam a vida nos choques com a polícia.

Os protestos começaram como uma reação à notícia de que monges budistas teriam sido presos depois de realizar uma passeata para marcar os 49 anos de um levante tibetano contra o domínio chinês. Centenas de monges tomaram então as ruas, e os protestos ganharam força nos últimos dias, com a adesão dos tibetanos.

Os protestos têm sido apontados como os maiores e mais violentos dos últimos 20 anos e ocorrem a menos de cinco meses da Olimpíada, o maior evento internacional da história da China. Entidades que defendem diferentes causas – do fim da pena de morte ao combate do genocídio em Darfur, no Sudão – vêem uma oportunidade no momento atual para pressionar o governo de Pequim a mudar sua posição em relação à questão de direitos humanos. Se depender deles, a pressão vai aumentar à medida que os Jogos se aproximem.

Quase metade dos 5,4 milhões de tibetanos está espalhada nas províncias de Qinghai, Gansu, Sichuan e Yunnan, que ficam próximas ou fazem parte do Platô Tibetano – o “teto do mundo”, com altitude média de 5 mil metros. A maior província da China, Xinjiang, é dominada pela minoria muçulmana e também é explosiva pela atuação de um movimento separatista que defende a criação do Estado do Turcomenistão do Leste. Depois de Xinjiang, a maior província é o Tibete.

 A unidade territorial está no topo das prioridades do governo chinês, ao lado da estabilidade política e do crescimento econômico. A China se esforça para transmitir uma imagem de harmonia entre a maioria chinesa han e as 55 etnias minoritárias que habitam o país e representam 8,4% da população – grupos com religião, língua e cultura próprias, como os tibetanos. Essas “minorias étnicas” ocupam 60% do território chinês, em áreas estratégicas de fronteira e ricas em recursos naturais. 

 A China diz que o Tibete faz parte de seu território desde meados do século 13 e deverá ficar sob o comando de Pequim. Muitos tibetanos, no entanto, têm uma outra visão da história. Eles afirmam que a região do Himalaia ficou independente durante vários séculos e que o domínio chinês nem sempre foi uma constante.

Entre 1911 e 1950, por exemplo, o Tibete manteve o status de país independente, até que Mao Tsé-tung comandou a Revolução Chinesa e chegou ao poder no país, em 1949. Em 1963, ganhou status de Região Autônoma, e hoje conta com um governo apoiado pela China. Em 1989, a causa da independência do Tibete ficou conhecida no Ocidente após o massacre de manifestantes pelo Exército chinês na praça da Paz Celestial. Muitos tibetanos querem a independência de volta, e daí os protestos.

As recentes manifestações começaram no dia 10 de março, exatamente 49 anos depois que os tibetanos encenaram um levante contra o poder chinês. Houve demonstrações em vários países e monges do monastério de Drepung, nas cercanias da capital Lhasa, também aderiram ao movimento. Os protestos logo ganharam a adesão dos tibetanos.

Fatores econômicos também desempenham um papel importante. Muitos tibetanos dizem que um número crescente de imigrantes chineses da etnia majoritária han chegam à região e conseguem os melhores empregos. Eles acreditam estar excluídos dos benefícios dos avanços econômicos desfrutados por outras províncias costeiras da China e dizem sofrer com os efeitos da crescente inflação no país.

O governo chinês mantém pouco diálogo com o governo tibetano no exílio, com base na Índia. As negociações nunca avançaram e provavelmente não devem avançar no futuro – o abismo entre as duas partes é imenso. A China diz que os tibetanos no exílio, liderados pelo Dalai Lama, só estão interessados em separar o Tibete da terra mãe. O Dalai Lama diz querer nada mais do que a autonomia da região.

O domínio chinês sobre a província de Xinjiang, no oeste do país, é tão controverso quanto o do Tibete, mas não conta com a mesma notoriedade. Talvez uma das razões pelas quais os ocidentais saibam sobre os problemas do Tibete é por causa do Dalai Lama. Desde que fugiu do Tibete depois do fracasso do levante, em 1959, o líder espiritual dos tibetanos viajou o mundo para advogar por mais autonomia para sua terra natal, sempre enfatizando que não defendia a violência. Ele ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1989.

Os governantes chineses certamente não querem nenhum derramamento de sangue a apenas cinco meses do início dos Jogos Olímpicos, e vão tentar evitar qualquer situação que lembre o que aconteceu em Mianmar em 2007. Por outro lado, eles não querem dar espaço aos monges e a outros manifestantes por medo de que isso seja interpretado como um sinal de fraqueza e acabe levando a mais protestos.

 

 Vídeo Tibet

http://www.youtube.com/watch?v=9kzNWi5h8Hs

 

 REFLEXÃO: Vai ser muito díficil a China perder o ´Tibete, pois faz parte do CS da ONU e sendo assim, não vai vetar para prejuízo próprio. E ai, quem ganha essa luta? China ou Tibete? Nós achamos que a China, pois mesmo com os protestos isso não vai ser tão reelevante e também, porque a China é uma superpotência com poder de decisão. E cadê a ONU? Tá assistindo pela TV o noticiário da noite.

 

 FONTE:

http://www.estadao.com.br/geral/not_ger141311,0.htm

Guerra do Kosovo (1999)

abril 24, 2008

O termo Guerra do Kosovo ou Conflito do Kosovo é usualmente usado para descrever dois conflitos armados e seguidos na província sérvia.

19961999: Conflito entre forças de segurança sérvias e Jugoslávia e o Exército de Libertação do Kosovo (ELK), uma guerrilha formada por integrantes de origem étnica albanesa que lutava pela independência da província.

24 de Março10 de Junho de 1999: Guerra entre a Jugoslávia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte[1], quando a Otan atacou alvos jugoslavos, seguiram-se os conflitos entre a guerrilhas albanesa e as forças sérvias e formou-se um grande número de refugiados.

 

Deportações e “limpezas étnicas” envolvendo tensões entre os sérvios – cristãos ortodoxos de origem eslava – e muçulmanos – bósnios (eslavos) e kosovares (origem albanesa) – são antigos nos Bálcãs. A suspensãMapa de Kosovoo, em 1989, da autonomia de Kosovo (província sérvia de maioria albanesa à qual o Marechal Tito dera certa liberdade) gerou um movimento separatista, logo transformado em luta armada com a formação do Exército de Libertação de Kosovo (ELK), apoiado pela Albânia.

Recusando-se a perder mais territórios, o líder sérvio Milosevic intensificou a repressão à província em 1998, com a justificativa de proteger os sérvios. Uma nova “purificação étnica” aconteceu.

Fracassadas as negociações de paz em 1999, a OTAN realizou bombardeios e ocupou Kosovo. Uma missão de paz da ONU vem organizando a administração, repatriando refugiados, desarmando o ELK e protegendo a minoria sérvia.

Porém, atualmente Kosovo já conseguiu sua independência através da escolha certa do momento político em relação à Sérvia só que ainda luta pelo reconhecimento internacional.

 

Vídeo – Indepedência de Kosovo

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM791180-7823-INDEPENDENCIA+DO+KOSOVO+E+DEBATIDA+NA+ONU,00.html

 

 FONTE:

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL302307-5602,00.html

http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/servia.htm

El Salvador é exemplo para o mundo por curar feridas de guerra

abril 24, 2008

 

El Salvador está sendo considerado um modelo para o mundo por ter conseguido transformar uma sociedade devastada pela guerra em uma comunidade de paz e reconciliação.

Os Estados Unidos e a comunidade global congratularam a nação da América Central por fazer a difícil transição para a paz.

A Guerra Civil de El Salvador (19801992) foi um conflito armado entre o governo de El Salvador e a guerrilha de esquerda, organizada em torno da Frente Farabundo Martí para a Liberação Nacional (FMLN).

Os EUA, que, no contexto da Guerra Fria, temiam a repetição de processos semelhantes ao da Revolução Cubana no restante da América Latina, apoiaram as forças governistas, ao longo de dez anos.

A tensão no país aumentou a partir do golpe militar, que levou uma Junta Revolucionária de Governo ao poder. Com o assassinato do arcebispo de San SalvadorOscar Romero – e a execução de 42 pessoas no seu funeral, iniciou-se uma guerra civil em larga escala.

Durante a guerra, forças rebeldes capturaram grandes extensões dos departamentos de Morazán e Chalatenango. O fim do conflito, mediante a assinatura dos Acordos de Paz de Chapultepec, em janeiro de 1992, permitiu a entrada da FMLN no cenário político-eleitoral de El Salvador.

A guerra civil teve um efeito devastador sobre o país, deixando 75.000 mortos, 8.000 desaparecidos, um milhão de desabrigados e um milhão de exilados. Porém, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que as Nações Unidas podem tomar a experiência salvadorenha como exemplo ao procurar ajudar outros países a encontrar a paz. El Salvador, acrescentou ele, entrou para a nova Comissão de Construção da Paz da ONU, criada em outubro de 2006 para manter a paz em áreas que passaram por conflitos. Ban expressou a esperança de que El Salvador compartilhe sua “rica experiência” com outros países.

Durante os 12 anos de guerra civil, eram constantes as violações dos direitos humanos pelas forças de segurança do governo e pelos guerrilheiros de esquerda e, mesmo assim, a ONU realizou uma missão de sucesso. Segundo Casey, com o apoio dos EUA e da ONU, “os insurgentes da antiga FMLN são hoje um partido político bem estabelecido; El Salvador é uma democracia livre e vibrante, e sua economia em expansão e seu comércio florescente estão melhorando o padrão de vida de todos os salvadorenhos”.

 

REFLEXÃO: Dessa vez, mesmo com milhões de mortes, a ONU conseguiu obter sucesso com as suas forças de paz que já estão um pouco desacreditadas, porém elas exercem suas funções: que é salvaguardar a paz sem se igualar a um exército armado. Além disso, a ONU saiu como heroína da história.

 

Vídeo da Guerra Civil em El Salvador

http://www.youtube.com/watch?v=9nNl2SKtYPE

 

FONTE:

 http://embaixada-americana.org.br/index.php?action=materia&id=5213&submenu=press.inc.php&itemmenu=21

HAITI – Responsabilidade do exército brasileiro

abril 24, 2008

 

Brasileiros nas forças da ONUO Haiti, que se tornou independente através de uma revolta de escravos de origem africana, é um país dividido política e socialmente. A massa da população, negra, viveu quase ininterruptamente numa miséria extrema e sujeita à constante repressão. O país já viveu diversas ondas de violência e intervenções norte-americanas.

Foram os EUA que apoiou a instalação de Duvalier no poder em 1957, uma ditadura familiar que durou até 1987, quando foi derrubada por uma revolta popular.

Mas a infeliz massa haitiana não consegue criar estruturas políticas viáveis, devido à fragmentação e insuficiente desenvolvimento da sociedade, e, em seguida, a minoria volta a ocupar o poder, usando o exército e suas milícias para manter o terror sobre a população. Contudo, no contexto da onda democrática que acompanhou o fim da Guerra Fria, houve eleições livres no país em dezembro de 1990, com a esmagadora vitória de Jean Bretrand Aristide, um padre ligado à Teologia da Libertação. Teve início um governo reformista que, todavia, permaneceu no poder apenas de fevereiro a setembro de 1991, sendo derrubado pelo General Raoul Cedras.

O presidente seguiu para o exílio, enquanto a comunidade internacional decretou um embargo contra os novos donos do poder, que só fez aumentar a miséria, pois o regime sobreviveu estabelecendo uma aliança com o narcotráfico internacional, permitindo a utilização do seu território como rota para os EUA. Milhares de refugiados fugiam em pequenas embarcações para a Flórida, gerando uma crise que levou Clinton a agir.

Depois de infindáveis gestões, apenas em outubro de 1994 uma força internacional, liderada por Washington, forçou os golpistas a entregar o poder e partir para o exílio. Aristide, que fora eleito para um mandato de cinco anos foi, contudo, pressionado pela Casa Branca a apenas completar o mandato vigente. Ou seja, governou apenas dois anos, e sem direito à reeleição.

Os EUA desejam evitar um confronto de proporções, mas, discretamente, encaram a saída antecipada de Aristide, da mesma forma como em relação à Venezuela. A crise deverá ter um desfecho nas próximas semanas. Vale lembrar que o Haiti tem fronteira com a República Dominicana, está há poucos quilômetros de Cuba e não distante da Flórida, desfrutando de uma posição estratégica e podendo gerar instabilidade se a comunidade internacional continuar indiferente

O Haiti de 1986 a 1990 foi governado por uma série de governos provisórios. Em 1987, uma nova constituição foi feita. Em dezembro de 1990, Jean-Bertrand Aristide foi eleito com 67% dos votos. Porém poucos meses depois, Aristide foi deposto por um novo golpe militar e a ditadura foi restaurada no Haiti.

Provérbio haitianoEm 1994, Aristide retornou ao poder, com auxílio do Estados Unidos. Mesmo assim, o ciclo de violência, corrupção e miséria não foi rompido. Em dezembro de 2003, sob pressão crescente da ala rebelde, Aristide prometeu eleições novas dentro de seis meses. Os protestos contra Aristide, em janeiro de 2004, fizeram várias mortes na capital do Haiti, Porto Príncipe. Em fevereiro, com o avanço dos rebeldes, o ex-presidente foge para a África e o Haiti sofre intervenção internacional pela ONU.

 

REFLEXÂO: Com o reconhecimento da ação militar brasileira em suas operações, a ONU conferiu ao Brasil o comando da missão de paz no Haiti, que também contou com a participação de soldados argentinos, chilenos, uruguaios, paraguaios e canadenses. Iniciada em 2004, essa missão de paz teve o objetivo de reestabelecer a paz, garantir a ordem, e evitar a eclosão de um violento conflito civil, após a crise política que levou à deposição do governo local.

 

FONTE:

http://www.brasilhaiti.com/blog.asp

http://educaterra.terra.com.br/vizentini/artigos/artigo_150.htm

 

Projeto Radix 8ª série

Autor: Vicentino

Editora Scipione – São Paulo

Módulo 8 – Os organismos supranacionais

Págs. 180 e 184

 

 

Timor e Indonésia

abril 24, 2008

REFLEXÃO:
A independência de Timor será uma solução definitiva? O novo país necessitará de ajuda econômica externa permanente e de um ambiente regional seguro, condições que se afiguram difíceis. Para a Indonésia, economicamente a perda do território não representa nenhuma tragédia. O problema é que o país inteiro arrisca a se fragmentar, contagiando nações vizinhas, como Filipinas e Malásia, além do risco de mergulhar numa guerra civil ou golpe militar. Isso certamente não convém aos países interessados no petróleo e matérias-primas que existem na região.

Um Timor independente por forças Ocidentais será considerado uma herança colonial, com todos os problemas que daí advirão. Assim, a obstinação dos militares num primeiro momento, e a ingerência Ocidental posteriormente, geraram uma tragédia humana e um problema regional cuja resolução não está à vista.

 

Vídeo – A Independência do Timor

http://www.youtube.com/watch?v=ORQtG-qeFVI

 

 

E A ONU? Concluiu missão de paz no Timor Leste

A ONU encerrou ontem (19/05/2005) sua missão de Paz em Timor Leste, três anos depois que o pequeno país do sudeste da Ásia ter reconquistado sua independência da Indonésia, informou a agência Prensa Latina.

“O papel da ONU foi essencialmente manter e reforçar a paz, o que foi feito de forma admirável”, disso o presidente do país, Xanana Gusmão.

Um representante especial das Nações Unidas nessa jovem nação, Sukehiro Hasegawa, declarou que o fato de não haver mais tropas da ONU no país é um reconhecimento de que o país é seguro e pacífico. Com estes discursos foram encerradas as operações da Missão de Apoio ao Timor Leste. Nos próximos dias começará a retirada dos 900 militares da ONU.

De todo modo, ficará aberta até maio de 2006 uma representação da ONU, que ficará encarregada de contribuir para a criação de instituições no país. O Timor Leste precisa do apoio para controlar suas fronteiras, desenvolver uma força policial e estabelecer instituições judiciais e financeiras.

O Timor tem apenas 15 km² e é habitado por pouco mais de um milhão de habitantes. Tornou-se independente em 20 de maio de 2002, após 26 anos de ocupação pela Indonésia. É o país de número 190 da ONU e o Estado mais jovem do planeta.

Fonte: Prensa Latina

 

 

FONTE:

Conflito Timor Leste X Indonésia

abril 24, 2008

O conflito de Timor, iniciado em 1975, até recentemente estava esquecido. Durante séculos o território foi uma colônia portuguesa pobre, utilizada pelo regime salazarista para confinar dissidentes políticos. A vizinha Indonésia, por sua vez, era, desde 1965, uma ditadura militar implantada por um golpe sangrento (700 mil comunistas mortos), com apoio Ocidental. Dez anos depois, Portugal abandonou Timor, onde eclodiu uma guerra civil entre facções armadas. Na iminência de uma vitória da esquerdista FRETILIN (Frente Timorense de Libertação Nacional), a Indonésia invadiu e anexou a ilha, com apoio das facções conservadoras locais e das potências do Ocidente.

Durante dez anos os timorenses foram vítimas de uma repressão brutal, em meio à omissão portuguesa e ao silêncio internacional. Desde 1983, a Assembléia Geral da ONU não conseguiu mais aprovar moções de condenação à ocupação, e o esquecimento se abateu sobre a questão timorense. A ditadura indonésia representava uma aliada especial dos EUA para a contenção dos movimentos de libertação nacional no sudeste asiático. No plano interno, o Timor foi integrado ao acelerado crescimento econômico da Indonésia, o que, aliado à repressão militar, reduziu drasticamente a ação do movimento de resistência armada.

 Contudo, nos anos 90 o quadro alterou-se drasticamente. Com o fim da Guerra Fria, os EUA reviram sua estratégia em relação a alguns aliados preferenciais.

 

Então veio a crise financeira e, Suharto caiu, e foi substituído pelo vice-presidente Habibie, Com a economia derrubada, a eclosão de protestos políticos, de rebeliões separatistas e massacres de minorias étnico-religiosas em algumas das milhares de ilhas que compõem este país predominantemente muçulmano, realizaram-se eleições, que foram vencidas pela oposição.

A partir desse momento, a Indonésia sofreu pressões de seus antigos aliados que “descobriram”, depois de 30 anos, que o regime de Suharto era corrupto, autoritário, explorador e sanguinário. Com apoio internacional, uma oposição liberal e cosmopolita manifestou-se abertamente, mas o exército indonésio manteve o controle da situação. Paralelamente, a questão do Timor era resgatada, com campanhas internacionais, Prêmio Nobel para Ramos Horta e reaparecimento em cena de Portugal, agora como membro da União Européia. Em Timor, os protestos abertos e a repressão ressurgiram com intensidade. Mas o regime indonésio resistiu.

Sudão e a catástrofe humanitária de Darfur

abril 24, 2008

A guerra civil que afeta o sul do Sudão praticamente desde sua independência, em 1956, atingiu um novo patamar com a catástrofe humanitária que se esboça na região de Darfur, no oeste do país.

O Sudão é o maior país africano e viveu alguns períodos democráticos anárquicos e longas ditaduras militares repressivas, oriundas de golpes de Estado: o general Nimeiri governou o país de 1969 a 1985 e o general Omar el-Bechir governa desde 1989. Ambos iniciaram regimes de esquerda, mas para obter apoio financeiro das petromonarquias árabes, evoluíram para regimes islâmicos, implantando a Sharia, a lei islâmica, o que fomenta a revolta da desatendida região sul.

Além disso, o país sofreu a influência dos conflitos da Etiópia/Eritréia nos anos 70-80 e do Tchad nos anos 80, cujos governos apoiaram grupos rebeldes dentro do Sudão. Para complicar, em 1990 o país apoiou o Iraque e teria hospedado Bin Laden. Mas após os atentados contra as embaixadas americanas no Quênia e Tanzânia, em 1998, os EUA lançaram um ataque de mísseis contra uma indústria em Kartum. Da mesma forma, para evitar o isolamento internacional, o governo sudanês entregou o famoso terrorista dos anos 70, Carlos, o Chacal, ao governo francês. Assim, o Sudão sempre foi considerado parcialmente como “Estado pária” (rough state).

Com a descoberta de petróleo no centro-sul e a exploração iniciando no ano 2000, o governo buscou uma negociação com os guerrilheiros do Exército Popular de Libertação do Sul

A guerra civil no sul causou 1 a 2 milhões de mortos (a maioria pela fome) e 4 milhões de pessoas deslocadas. A região foi esquecida durante a guerra entre o governo e os rebeldes sulistas, mergulhou no caos, com enfrentamentos tribais e uma explosão demográfica (a população dobrou em 20 anos). Em fevereiro de 2003 foi criada a Frente de Libertação de Darfur, transformada em Exército de Libertação do Sudão, que lançou uma ofensiva fulminante contra o governo com modernos Toyotas. Os rebeldes se dividiram em dois movimentos rivais e perderam terreno, enquanto aldeias são destruídas.

Os EUA exigiram sanções contra o regime e o secretário geral da ONU, Kofi Annan, ameaça com uma intervenção internacional para evitar uma tragédia humanitária. Os países europeus se manifestaram favoravelmente, mas a China ameaça vetar uma resolução neste sentido. Vale lembrar que a China recebeu concessões do governo sudanês para explorar petróleo no sul da região de Darfur. Assim, mais uma crise internacional está emergindo num dos países mais pobres e sofridos da África.

Vídeo – O que é o Sudão?

http://www.youtube.com/watch?v=lNEh4v6Bwgs

 

 REFLEXÃO: Trata-se da aceitação do envio de militares da ONU e de polícia para reforçar a força de manutenção da paz da União Africana em Darfur.  O Sudão tem estado sob uma forte pressão internacional para aceitar os militares da ONU. O governo de Cartoum aceitou o envio de três mil militares, mas continua a opôr-se à força de vinte mil militares, proposta pelo antigo Secretário-Geral, Kofi Annan. “Assistimos a uma visão bastante forte e unida. É um pequeno progresso, mas precisamos ver muito mais para a paz e segurança e para a resolução da crise humanitária em Darfur.”

 FONTES:

http://educaterra.terra.com.br/vizentini/artigos/artigo_168.htm

http://www.brasildefato.com.br/v01/impresso/anteriores/166/internacional/materia.2006-05-10.6773329534